E-reader, o novo Laserdisc

Acabei não falando aqui da entrevista do Paulo Coelho para o Ubiratan Brasil no Caderno 2 de sábado. Ele resume o que está na cara, mas ninguém comenta sobre os e-readers — eles são só uma ferramenta de transição. Nas palavras dele: 

O e-book tal como conhecemos hoje será em breve substituído pelos smartphones. Quando digo em breve, estou falando antes do final deste ano.  

Teve um único comentário que li a respeito e achei genial, mas, pena, não lembro a fonte: o e-reader é o Laserdisc do mercado editorial. Pra quem não se lembra do LD, aquela coisa revolucionária pré-DVD, uma imagem para refrescar a memória: 

LD, mó tipão, e o irmão mais novo (ou nem tão novo), o DVD

Já ouvi editores — que já liam em e-reader quando todo mundo aqui no Brasil achava isso futuro distante — comentando que a leitura num iPhone seria até melhor que num Kindle, não fosse o fato de no Kindle e em similares a luz não refletir na tela. A questão é que os smartphones, espertinhos, têm outras utilidades; os e-readers, mesmo os cheios de badulaques, são um trambolho a mais.